A cidade de Campina Grande vai sediar, nesta quinta-feira (26), a 2ª Conferência Paraibana de Educação para o Trânsito. A ideia é unir todos os órgãos que compõem o Sistema Nacional de Trânsito e o chamado Sistema “S” (Sest, Senat, Senai, Sesc, Sesi, Senac, Senar, Sebrae e Sescoop) para discutir estratégias que visem a redução do número de acidentes envolvendo motociclistas e mototaxistas. O evento vai acontecer no auditório do Hospital de Trauma de Campina Grande, com abertura prevista para as 8h.
Apenas no primeiro trimestre deste ano 2.196 pessoas receberam atendimento, 24,49% a mais, comparado com o mesmo período do ano passado. Em 2011, no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande foram atendidas 7.803 vítimas de acidente de moto.
A conferência é uma iniciativa do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), por meio da Divisão de Educação para o Trânsito. O primeiro encontro aconteceu em João Pessoa no dia 21 de março, com a participação do vice-governador Rômulo Gouveia, e do secretário Estadual de Saúde e presidente do Comitê em Defesa da Vida no Trânsito, Waldson de Sousa, e do superintendente do Detran, Rodrigo Carvalho, que é também vice-presidente do Conselho Estadual de Trânsito.
A conferência de Campina Grande deve contar com a presença do diretor executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Cciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), José Eduardo Gonçalves.
Ações preventivas – O superintendente do Detran, Rodrigo Carvalho, disse que a imprudência do motociclista é a principal causa dos acidentes. Ele lembrou outras ações do Governo do Estado para diminuir o número de acidentes envolvendo motocicletas, tendo entre as principais medidas a adoção de maior rigor na fiscalização dos veículos com a intensificação das blitzen e a exigência do cumprimento do Código de Trânsito Brasileiro no que se refere às chamadas ‘cinquentinhas’ – motos com até 50 cilindradas de potência.
Desde março do ano passado, uma portaria do Detran determinou que as fiscalizações passassem a exigir dos condutores das ‘cinquentinhas’ maior idade, Carteira Nacional de Habilitação categoria ‘A” ou autorização para conduzir ciclomotor (ACC), além do uso de capacete.
Rodrigo Carvalho explicou que o registro dos ciclomotores é de responsabilidade dos órgãos municipais de trânsito, mas revelou que já existem propostas de alteração do Código de Trânsito Brasileiro, a fim de que o registro dos ciclomotores passe a ser feito pelos Detrans, assim como acontece com os demais veículos.
O superintendente também destacou uma parceria entre o Detran e o Centro de Treinamento da Honda, que vem oferecendo cursos de pilotagem defensiva e segurança no trânsito para examinadores, instrutores dos Centros de Formação de Condutores e policias militares.
Motos lideram acidentes – Relatórios do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa que revelam que os motociclistas representam mais de 70% acidentados.
Só em 2011, foram atendidas 6.265 vítimas de acidentes de trânsito envolvendo motociclistas. Em janeiro de 2012 foram registrados 515 atendimentos a motociclistas e no mês de fevereiro 408.
Evolução da frota – As motocicletas já representam mais de 42% da frota de veículos da Paraíba. De 819 mil veículos, 352 mil são motocicletas. De 2000 a 2011, a frota de motocicletas da Paraíba passou de 51.962 para 341.145, uma evolução de 557%.
Em João Pessoa, o número de motocicletas passou de 12.422, no ano 2000, para 93.560, em 2011, o que equivale a um aumento de 653%. Em Campina Grande, no ano 2000 estavam registradas 12.795 motocicletas e em 2011 o número passou para 62.725, um crescimento de 390%.
Fonte: DETRAN-PB
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